Ainda o dia dorme em sono de menino;
Ingénuo, terno, frágil;
Já calhaus tropeçam sobre botas arrastadas e gastas.
Homens como extensões de enxadas penteando encostas,
Mulheres com cabeças feitas de cestas serpenteando os trilhos.
Mais abaixo, muito mais; sobre um lençol mais esticado;
A planície perde-se de vista.
Troca-se o granito por torrões de terra.
Homens cortados na cintura pelas espigas,
Mulheres mergulhando incessantemente aqui e ali.
O vento sopra sobre os campos
E faz soar uma onda que beija suavemente a areia;
Sente-se os dedos a escorrer da cama.
Acordai!
Não matem os meus pastores, os lavradores, pescadores,
Não ignorem os Homens de cara queimada,
Não lhes roubem a sua grande riqueza; o seu sorriso sincero.
António Morgado
Ingénuo, terno, frágil;
Já calhaus tropeçam sobre botas arrastadas e gastas.
Homens como extensões de enxadas penteando encostas,
Mulheres com cabeças feitas de cestas serpenteando os trilhos.
Mais abaixo, muito mais; sobre um lençol mais esticado;
A planície perde-se de vista.
Troca-se o granito por torrões de terra.
Homens cortados na cintura pelas espigas,
Mulheres mergulhando incessantemente aqui e ali.
O vento sopra sobre os campos
E faz soar uma onda que beija suavemente a areia;
Sente-se os dedos a escorrer da cama.
Acordai!
Não matem os meus pastores, os lavradores, pescadores,
Não ignorem os Homens de cara queimada,
Não lhes roubem a sua grande riqueza; o seu sorriso sincero.
António Morgado
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